Ibama estimula abate do javali europeu
Equipe da região de Jaú caça o animal, que ocasiona estragos na fauna e na flora, além de ser um risco para humanos
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) instituiu desde 2013 o abate controlado do javali europeu. Considerado como fauna exótica invasora, o animal tem temperamento selvagem e pode ocasionar estragos na fauna e na flora, além de poder atacar seres humanos. Na região, há registros de ocorrências em Brotas, Torrinha e Itirapina.
Inicialmente introduzido como animal de criação e consumo em várias partes do mundo, o javali é um porco selvagem originário da Europa, Ásia e Norte da África, segundo o Ibama. O adulto tem aproximadamente 1,30 metro de comprimento e pesa cerca de 80 quilos. Caso cruzem com porcos domésticos, os javaporcos podem chegar a até 250 quilos.
Por ser agressivo, ter facilidade de adaptação e ausência de predadores ou competidores naturais, o javali é considerado uma das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo. Em razão do crescimento populacional e dispersão sem controle do animal, o Ibama instituiu a publicação de instrumento jurídico que regulamentasse o manejo e controle.
A caça continua proibida em todo o território nacional. “A pena para caça de animais é de seis meses a um ano, além de multa, de acordo com resolução da Secretaria de Estado do Meio Ambiente”, comenta o comandante dos 1º e 2º pelotões da Polícia Militar (PM) Ambiental de Bauru e Barra Bonita, Leo Artur Marestoni.
Para fazer o controle é necessário realizar cadastro de pessoa física no site do Ibama, e a propriedade onde será feito o abate também deve ser cadastrada, com autorização formal do proprietário e homologação na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – a mais próxima está em Bauru.
Arma
O armamento usado para abater o bicho deve ser certificado pelo Exército Brasileiro. “É necessário fazer capacitação nos clubes e associações de tiro para depois retirar o Certificado de Registro, sendo que para o transporte do aparato ainda é necessário outro documento”, complementa o advogado Aparecido Edivaldo Pizzinato, 42 anos, que há dois faz o abate do javali em Brotas, Itirapina e Torrinha com sua espingarda calibre 12.
Ele faz parte da equipe de Controle de Animais Exóticos Invasores (Caei), formada por 11 pessoas e oito cachorros. Após o abate, o javali deve ser distribuído para consumo ou enterrado, caso não esteja próprio para a alimentação humana ou esteja doente. O maior javali “puro” (sem nenhum cruzamento com outra espécie) abatido pelo grupo ocorreu em junho deste ano. O animal pesava 150 quilos.
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